domingo, 12 de abril de 2009

HÁ UM ANO ATRÁS...

às 5 horas da manhã, eu fui subitamente acordada pela minha mãe, em um dos quartos na casa da minha avó com a seguinte frase: "Acho que minha mãe morreu".

Isso me lembrou o acontecido quase 4 anos antes, também às 5h da manhã, quando minha avó adentrou meu quarto, na casa de meus pais pedindo que acordasse meu pai, pois meu avô passava mal. Ele morreu minutos depois a caminho do hospital.

Nas duas vezes não pude fazer nada. Apenas rezar em casa, enquanto os outros levavam meu queridos avós para o hospital...

Eu sofri muito com a ida do "Seu João", meu querido avô, para quem, um mês antes eu havia cantado uma música muito fofa, na celebração de 50 anos de casamento dele e de "Dona Maria". Chorei muito... Mas o pior era ver o meu pai tendo que dirigir o carro, pela estrada guiando o caro funerário que trazia o corpo de seu pai... Eu sabia que ele estaav tirando de dentro de si todas as forças para não sucumbir à dor de perder seu companheiro de pesca e roça...

Três anos e meio depois, sofri demais com a ida da minha alma gêmea, minha vovozinha linda, Mercedes Maria. Não sei explicar, mas o estranho é que eu passei todo o velório, relativamente bem, até que fecharam o caixão e meus primos começaram a levá-la embora... Ali eu desabei, porque caía a ficha de que "era pra valer", eu nunca mais poderia beijá-la (como era gostoso beijar suas mãos, suas bochechas, sua testa, mesmo ela não gostando disso, porque achava que não era necessário... mal sabia ela que aquela era a melhor forma que eu encontrava de demosntrar um sentimento que eu, que falo tanto, não cosneguia encontrar palavras suficientes...). Nunca vou esquecer do abraço de Isabel e minha irmã neste momento tão sofrido. Eu não conseguia parar de chorar, doía demais. E o pior é que eu nem sabia dizer onde era aquela dor.

O que sei é dizer o que deflagrou essa dor. Foram as palavras de uma das minhas tias, antes da minha avó morrer: "Não dou notícias da minha mãe por telefone, quem estiver mesmo preocupado vem vê-la pessoalmente" - isso tudo, eram indiretas a mim, que moro em Niterói, teoricamente perto, mas estudo muito e não tenho tempo de ficar visitando as pessoas sempre, além de que, não me sinto bem indo a lugares onde as pessoas estão de baixo astral.

A única pessoa que poderia entender minha relação com minha avó é minha mãe. Num dos últimos aniversários da avó Mercedes, ela ganhou uma imagem de Nossa Senharas das Mercedes. Ela não podia ler, então eu peguei e li para ela, a oração da santa. E naquele momento ela olhou pra mim e disse: "Nenhuma das minhas netas se parece tanto comigo quanto você, bem que você poderia ter o meu nome, né?" Além de termos algumas semelhanças físicas (mãos e pés do mesmo tamanho, por exemplo), pensávamos parecido em muitas coisas e eu simplesmente adorava ouvir as histórias dela. No dia segunte eu contei isso pra minha mãe e ela me disse o seguinte: "Eu queria por em você o nome da minha mãe, mas seu pai não iria querer". Ou seja, as semelahnças entre mim e a "Dona Mercedes" não são mero acaso. E ainda vem uma pessoa insinuar que eu não a amo tanto assim... Eu apenas não queria vê-la sofrendo e ver os outros sofrendo pelo sofrimento dela, puxando o astral mais pra baixo ainda...

No dia do falecimento dela, eu me senti um tanto culpada. Uma semana antes, houve um momento de oração na casa dela e eu participei, mas fiquei maior parte do tempo rezando ao lado dela... E dizendo que a amava muito, com isso, eu e ela acabamos chorando... Depois disso comecei a rezar, pedindo o seguinte: "Meu amor por ela é tão grande, meu Deus... Por favor, acabe com o sofrimento dela... É horrível vê-la prostrada numa cama, quando ela sempre foi uma mulher forte e ativa... Opere um milagre ou leve-a para junto de ti. Prefiro não tê-la mais ao lado, do que tê-la sofrendo." E Deus me atendeu...

Tenho certeza que o melhor pra ela e para todos. Só rezo pra que todos consigam conviver bem com a lembrança e se desapegar da dor. Ela sempre existirá, mas devemos levá-la de uma forma positiva. Pois mais do que a presença física, avó Mercedes está em nossos corações, em nossas lembranças e memórias, nas lições que ela nos ensinou e em tudo o que ela deixou de material ou não.

Vó, eu amo você! Olhe por mim aí de cima, interceda junto a Maria e Jesus por mim... Obrigada por tudo o que deixou em mim e para mim...

Beijocas Agridoces...

Um comentário:

Guilherme Giorgi Costa disse...

http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=mp&uid=7447409391992420097

esse é meu orkut! hehehe me adiciona la e a gente vai trocando informações!!

Um abraço e é claro que pode me chamar de Gui!